Tema recorrente, ainda existem muitas dúvidas do porquê debater sobre
É essencial ouvir discursos a partir de diversas situações, para sair do modelo dominante e pensar além do senso comum. A perspectiva do feminismo é trazer um olhar crítico, contra causas periféricas, negras, indígenas e semelhantes.
Questionar a estrutura social é papel fundamental para sintetizar como os sistemas afetam as vidas inseridas nesses contextos. As principais causas de desigualdade em nossas vidas são: exploração, dominação, opressão e violências reproduzidas diariamente.
Análises críticas devem ser sustentadas em dados e abordagens teóricas, premissas baseadas em questionamentos ao senso comum e no que o rege. O pensamento dominante é visto com naturalidade por conta da hierarquia pré existente. Essas causas regentes são baseadas nas diferenças neurológicas entre homens e mulheres, todavia, é sustentada somente por aqueles que dominam.
Nossa sociedade é marcada pela imposição da heteronormatividade, devemos nos enquadrar num padrão único e universal de feminino e masculino. Isso não condiz inteiramente com a estrutura social, pois mesmo com a delimitação de funções, questionamentos são levantados diariamente por movimentos feministas, antirracistas e LGBTs.
Para as mulheres, é determinado enquanto uma obrigação cuidar do mundo privado/interno - educação dos filhos, cuidados com a socialização deles e limpeza geral da casa e semelhantes - mesmo que ela trabalhe fora! Já os homens possuem destaque na vida pública/externa - trabalham fora e têm mais liberdade no mundo social.
Vemos preconceito quando as mulheres atuam diferentemente aos padrões conservadores. É para isso que o feminismo luta contra a subordinação das mulheres, sendo contra a dupla jornada, homens não "auxiliam" na casa e no cuidado com os filhos, eles fazem, pois devem ser igualmente responsabilizados. Há também uma discussão sobre a carga mental ser maior entre elas.
Ideologias construídas pelo homem constituem regras intocáveis e sustentam o regime. A estrutura padrão é: Homem branco, hétero e que possui poder hierárquico, assim sendo um "chefe", dentro e fora do trabalho. Com distinções assimétricas de funções e atividades gerais, incluindo a construção das ideias de diferenças sexuais na realização de atividades produtivas.
A desvalorização do trabalho feminino ocorre de duas formas: a primeira consiste na exploração da mão de obra das donas de casa, que não recebem por este serviço. Já a segunda é caracterizada pela desvalorização do trabalho doméstico remunerado, predominantemente realizado por mulheres negras, imigrantes ou brancas menos favorecidas/periféricas.
Dentre as questões mais discutidas, a construção geral dos gêneros (sistema binário) é uma das mais discutidas dentro do feminismo. Em resumo, gênero é uma construção social, previamente determinado pelo sexo biológico. É visto na forma como estabelecemos nossas relações sociais, a partir das diferenças percebidas entre os sexos. É a primeira forma de estabelecimento de poder. O padrão heterossexual se impõe como modelo único, dominante, hierárquico.
Por isso, a imposição do modelo normativo heterossexual é letal para pessoas trans, homo e também mulheres, já que a violência é naturalizada. O conservadorismo tenta impor um padrão para todos. Família única, tradicional, heterossexual, branco e europeu.
Existem outras temáticas bem presentes como a criminalização da mulher por causa de abortos, violências sofridas e antirracismo estão entre os destaques. Visando melhorias sociais e consciência de classe, os tipos de feminismos existem para dar voz aos silenciados.
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