top of page

Planos de recém-formados são interrompidos mediante a pandemia

  • Marina Marques
  • 21 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Jovens que acabam de sair da faculdade encontram dificuldades no mercado de trabalho por conta do coronavírus


Por: Marina Marques


Créditos: Uninorte

Um país que já enfrentava dificuldades de um crescimento significativo na economia dos últimos anos, só enfrentou pioras com a pandemia da Covid-19. Hoje, o Brasil enfrenta uma taxa de desemprego de 14,1%, segundo dados do IBGE de novembro, e este cenário tem afetado jovens e recém-formados, que apesar da busca por títulos e diplomas, não conseguem se recolocar no mercado de trabalho.


“Da minha turma, se 10 estiverem na área, é muito”, Humberto Rocha, 27, se formou há alguns meses no curso de Análise de Desenvolvimento de Sistemas e busca se recolocar no mercado de trabalho, apesar das dificuldades que o país passa. O analista tenta aperfeiçoar seu currículo através de cursos onlines de sua área, melhorando tudo que aprendeu em algum momento dentro da faculdade, além de ocupar o tempo que possui ocioso. Felizmente seus planos continuam de pé, segue cursando sua pós-graduação de forma à distância, como já previa, esperando apenas pelo emprego desejado.


Infelizmente para Giovana Reale, 21, que acaba de se tornar publicitária, os planos não seguiram como esperado. A ideia de cursar inglês e trabalhar em uma grande agência teve que ser deixada de lado por um tempo, já que os dois se complementam. “Eu queria presencial (as aulas de inglês), tenho muita dificuldade em aprender a distância, mesmo com aulas ao vivo. Adiando o inglês, acabo adiando esse plano do novo emprego também”. Enquanto os planos são adiados, a recém-formada mantém o trabalho atual e tenta estudar de forma independente.


Além de aperfeiçoar tudo o que aprendeu dentro da Universidade e buscar mais cursos e aprendizado, alguns recém-formados tentam colocar em prática, mesmo que de forma voluntária, os conhecimentos adquiridos, como o Luiz Lordello, que almeja se tornar um grande jornalista esportivo. “Estou escrevendo para um site de futebol, mas é um trabalho voluntário, dependendo da matéria consigo uma pequena remuneração”, e mesmo sabendo das dificuldades que a pandemia trouxe, não deixa de buscar oportunidades de se recolocar no mercado.


O que esperar da economia


A economia brasileira já encontrava um déficit de crescimento, com dificuldades para retomar o que foi perdido nos últimos anos. Os anos de 2015 e 2016, tiveram quedas consecutivas superiores a 3% no PIB, e seus anos seguintes não superaram 1%. “Mesmo antes da pandemia, nosso país já tinha dificuldades de crescer a taxas robustas”, afirma o economista e Coordenador do Núcleo de Inflação, André Braz.


Segundo o economista, as pessoas quando acabam deixando suas profissões de lado, por falta de escolha e exercendo outras funções, acabam se “despreparando”, esquecendo tudo aquilo que foi aprendido algum dia. “Deixa de aprender sobre o ofício que levou tanto tempo para se especializar”. André ainda afirma que os jovens de hoje farão a transformação na economia futura, principalmente por meio do empreendedorismo, com a abertura de negócios próprios. “O jovem tem que se preparar para ser empreendedor, não ficar refém de um sistema de previdência. Quanto mais jovens tentando, melhor para o crescimento do país, gerando um diferencial”, finaliza o economista.


Comentários


Receba em seu email nossa newsletter e um conteúdo exclusivo semanalmente, assine!

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

Proudly created with Femme News

bottom of page