As dificuldades enfrentadas durante a pandemia não fizeram Murilo Lopanski desistir dos estudos
A pandemia do coronavírus está deixando em evidência quem são os mais prejudicados no ensino remoto. O pai de Murilo, menino de apenas 10 anos de idade, montou uma cabana de lona no meio da zona rural para que o filho consiga captar sinal de internet, com o objetivo de acompanhar as aulas on-line devido às interrupções das aulas presenciais motivadas pela COVID-19.
Residentes de Mallet, no sul do Paraná, o local onde foi construído o ambiente de estudo contendo apenas uma mesa e cadeira de madeira, é o único que funciona o sinal de internet. "Ele tem o celular e existe um único ponto no sítio que pega o sinal de internet. Sempre que queríamos acessar algo, a gente subia lá. Uma vez, quando eu fui deixar as atividades e pegar outras na escola, a pedagoga comentou do aplicativo das aulas pela internet e assim surgiu a ideia de montar uma cabana onde pega o sinal. Ficou até um quadrado legal", disse o pai do estudante.
Apesar da dificuldade, Murilo se mantém autêntico para permanecer com os estudos. "Posso estudar protegido do sol e até dos cachorros da vizinhança". Moacyr argumenta que a cabana não é uma base de estudo apropriada para o filho, mas a mais segura diante da pandemia. "Está complicada a situação da pandemia, mas acredito que as aulas devem continuar remotas porque mesmo essa amenizada dos casos, todo cuidado é necessário. Meu filho, mesmo nessa situação, sempre se manteve motivado em continuar estudando", pontuou.
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