Estudos apresentaram que o uso dos remédios possibilitou uma rápida recuperação nos pacientes críticos
Por Natasha Silveira
Foi anunciado nesta quarta-feira (2) pela pesquisadora da OMS (Organização Mundial da Saúde), Janet Diaz, que estão recomendando o uso de corticoides para o tratamento de pacientes com graves sintomas da Covid-19. A pesquisa aponta que estes medicamentos podem reduzir o risco de morte dos pacientes infectados. Nos testes realizados, estão as doses com hidrocortisona, dexametasona e metilprednisolona, que apresentaram um aumento na chance de sobrevivência nos pacientes em UTI.
Em testes realizados no Reino Unido, Canadá, nos EUA, Brasil, na França, Espanha e China, foi apresentado um possível aumento de chance de sobrevivência dos pacientes em UTI com as doses de hidrocortisona, dexametasona e metilprednisolona. Segundo o estudo entre os países, foi analisado que a cada mil pacientes com sintomas graves, 87 vidas extras foram salvas pelo tratamento e a cada 100 pacientes graves, 9 vidas são salvas.
De acordo com os cientistas e pesquisadores, o corticoide possibilitou a recuperação mais rápida dos pulmões dos pacientes mais críticos, ocorrendo a diminuição do uso da ventilação mecânica e também das complicações que ocorrem pela doença. O medicamento utilizado funciona como um anti-inflamatório e imunossupressor, que impede a ação do sistema imunológico e em razão disso que não deve ser utilizado para pacientes com sintomas mais leves ou como uma forma de prevenção da doença.
Apesar desses esteróides serem uma medicação barata e acessível, a OMS emitiu um alerta informando que as pesquisas também apresentaram que pessoas que não possuem sintomas graves não devem fazer o uso desses medicamentos, principalmente por existir a possibilidade de que ocorra efeitos colaterais negativos. "Recomendamos corticoides sistêmicos para o tratamento de pacientes com COVID-19 grave e crítico. Sugerimos não usar corticosteróides no tratamento de pacientes com COVID-19 não séria como tratamento. Os corticosteróides sistêmicos podem aumentar o risco de morte quando administrados a pacientes com COVID-19 não séria".
Com o receio de que os remédios tenham uma grande procura pela população e que ocorra a falta dos medicamentos no comércio, a OMS já solicitou que seja feita uma grande compra dos remédios para que possuam um estoque de distribuição aos países, em casos de emergência. "Não é para sair comprando. A recomendação é para profissionais de saúde e autoridades", afirmou a pesquisadora.
Comments