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"Não estamos falando em erradicar o vírus, mas reduzir o impacto que hoje tem na sociedade", diz OMS

Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, conta sobre a dificuldade de produzir vacinas


Por Cate Bartosch

Foto: Reprodução/Blog Jaleco

A vacina é um método preventivo que pode levar de 18 meses a 10 anos, sendo cinco anos considerado um recorde para a ciência. A trajetória de uma produção de vacina é longa justamente para garantir a segurança, estipular a quantidade da dose e por fim, qual será a eficácia.


Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, declarou na semana passada que "nenhuma vacina será distribuída antes que reguladores, governos e a OMS estejam seguras de que o produto atingiu os padrões mínimos de eficácia e segurança".


Além disso, deixou claro que todo o procedimento levará certamente até 2022 para ver a mudança ocorrer.


"Não estamos falando em erradicar o vírus, mas reduzir o impacto que hoje tem na sociedade e nas vidas", afirmou Soumya.


O objetivo de seu recado é chamar a atenção sobre o quão penoso é o trabalho de fazer um produto que atinja a maior parte da população possível e que garanta a imunidade.


Segundo Soumya, os primeiros resultados dos testes clínicos devem estar prontos entre o final do ano e o início de 2021. Depois disso, haverá ainda o período de avaliação e licenciamento, seguido pela produção e distribuição.


"Estamos olhando para meados de 2021 como um cenário otimista para a chegada de doses limitadas para os países", disse a cientista-chefe.


De acordo com ela, essas primeiras doses devem ir para os profissionais de saúde, seguido por idosos e doentes crônicos para por fim, ocorrer a ampliação do processo. "Lentamente, você vai cobrindo o resto da população e isso vai levar um par de anos", disse.


Até que a ampliação aconteça, a representante da OMS insiste que o mundo vai precisar de medidas de precaução e de saúde que mostraram trazer resultados.


"É importante que as pessoas saibam que, quando a vacina chegar, vai levar tempo até que a produção seja ampliada até que todos ou pelo menos 60% ou 70% da população consigam a imunidade da qual falamos, a imunidade de rebanho, que realmente pode desacelerar a transmissão", explicou a cientista-chefe da OMS.


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