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Yngrid Alves

Lázaro é morto pela polícia de Goiás após 20 dias de busca

Atualizado: 2 de jul. de 2021

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que o assassino tinha uma rede que acobertava suas fugas

Crédito: Divulgação/PCGO

Nesta segunda-feira (28), Lázaro Barbosa Sousa, de 32 anos, foi morto após uma troca de tiros com a polícia civil de Goiás. Foragido há 20 dias, ele era procurado pelos agentes após ter assassinado uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. Lázaro também era condenado por outro homicídio, na Bahia, porte ilegal de armas de fogo, estupro e crime de roubo.


Lázaro portava cerca de R$ 4,4 mil no bolso, além de suprimentos, armas de fogo e outros itens.


Crédito: Reprodução/Twitter

Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou parabenizando a PMGO e com uma expressão popular entre policiais para se referir a execuções: “Lázaro: CPF cancelado!”.


Foto: Captura de tela do Twitter de Jair Bolsonaro

E o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, frisou em sua postagem no Twitter que “Goiás não é Disneylândia de bandido”.


O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro ‘descarregou a pistola em cima dos policiais’:


“Temos filmagens que vamos mostrar para vocês: ele estava armado. Ele foi para o mato, fizemos o cerco. Ele tentou fugir do cerco e confrontou a equipe do major Edson. Um trabalho coletivo e, graças a Deus, nenhum policial foi ferido. Ele, na hora da abordagem, descarregou a pistola em cima dos policiais. E não tivemos outra alternativa senão revidar”.

O cerco da polícia estava localizado em Águas Lindas, em Goiás, onde Lázaro teria ido à casa da ex-sogra e da ex-mulher. Lá, Miranda disse que o fugitivo proferiu ameaças aos policiais ao dizer que, se os civis fossem atrás dele na mata, ele ‘daria tiro na cara’.


O secretário afirmou ainda que o assassino recebia ajuda de uma rede de pessoas que acobertavam suas fugas.


“Isso é mais uma prova de que tinha gente o acobertando e dificultando o trabalho das forças policiais. Possivelmente ele planejava fugir. Mas o esforço de todas as forças impediu que ele ou fugisse ou continuasse a cometer outros crimes. O indicativo do dinheiro no bolso certamente era de que ele estava querendo sair ou do estado ou até do país”.

Na última sexta-feira (25), policiais civis prenderam um fazendeiro e um caseiro que estavam abrigando Lázaro na propriedade. O caseiro relatou em depoimento que o fazendeiro ajudava o assassino oferecendo abrigo e alimentos. Ele disse que o proprietário chamava por Lázaro no horário de almoço e passou a fazer maiores quantidades de comida.


O funcionário afirmou que não comunicou à polícia sobre as visitas de Lázaro por ter sido ameaçado de morte por ele. O fazendeiro, ainda, deu ordem de não deixar que a polícia entrasse no local para investigações e dizia que o caseiro estava imaginando coisas quando era questionado sobre o as aparições do assassino.


Vídeos de Lázaro sendo carregado desacordado pelos agentes até a ambulância repercutiram nas redes sociais. A dúvida era se o assassino já chegou morto ao hospital, no entanto, o secretário confirmou que o fugitivo ainda estava vivo na hora do encaminhamento.


Em entrevista ao G1, uma tia de Lázaro disse que está abalada embora já esperasse que o sobrinho fosse preso.


"Ele aprontou muito, cometeu crimes, mas é do nosso sangue. Em um momento da vida ele foi uma pessoa querida, então a gente sente", afirmou a mulher, que mora em Barra do Mendes, cidade onde Lázaro nasceu.

Ao contrário da parente, policiais comemoraram a captura de Lázaro, e o momento foi registrado de perto. Os agentes se abraçavam e vibravam dizendo “Acabou”. Veja o vídeo:

Já a viúva de Lázaro disse que está ‘arrasada’ e que ‘não precisava desse desfecho’. Ela conta que desde o início se disponibilizou a ir à mata com os agente para tentar convencê-lo a se entregar, mas ‘os policiais sempre o queriam para matar, não para prender’.


“Eu acho que se eles quisessem realmente prender o Lázaro, eles tinham dado um jeito de dar um tiro na mão ou nas pernas, pés. Mas, aconteceu o que aconteceu, agora é seguir em frente”, desabafou.

As investigações agora visam a identificação de novos cúmplices de Lázaro. O secretário informou que há indícios de que ele trabalhava como segurança para algumas pessoas e pode ter atuado como matador de aluguel.



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