Fura-fila e vacinação indevida contra a Covid-19 no Brasil

Apesar da clareza sobre o público prioritário à receber a vacina, muitos furam a fila para se imunizar

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Quase um ano se passou em meio a uma pandemia mundial do Coronavírus, e as vacinas já começaram a ser distribuídas e aplicadas ao redor do mundo. Aqui no Brasil, as primeiras vacinas a chegarem e serem utilizadas foi a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A aplicação passou a acontecer após a autorização de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 17 de janeiro deste ano.

A quantidade de doses para cada estado e cidades aconteceu de acordo com a quantidade de habitantes por território, e possuindo uma prioridade para a vacinação da população. Priorizando profissionais da área da saúde, que atuaram e continuam atuando na linha de frente contra a pandemia, idosos e a população indígena. Infelizmente não há o respeito devido ao grupo prioritário, até mesmo por chefes de governos, como prefeitos, que furaram a fila para serem imunizados com antecedência.

O Ministério Público tem apurado denúncias sobre dez estados, além do Distrito Federal, onde tem ocorrido o favorecimento de pessoas que não fazem parte de nenhum dos grupos descritos acima e a irregularidade na fila para vacinação. Além de alguns prefeitos, outras pessoas que não se enquadram nos grupos prioritários e têm recebido doses da vacina são funcionários de prefeituras, autoridades, parentes de profissionais da saúde e recém-formados da área. Até o momento, a única medida tomada sobre tais irregularidades é que, para aqueles que passaram à frente dos grupos prioritários, não terá direito à 2ª dose da vacina.