Nesta semana, o Pantanal chegou a 15.756 focos de incêndio
Segundo dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o Pantanal já teve 15% de sua área devastada pelas queimadas e está enfrentando sua pior crise das últimas décadas. Representantes de diversos órgãos públicos do meio ambiente, como universidades, organizações não-governamentais e voluntários se juntaram em uma força-tarefa para tentar fazer uma estimativa do número de animais mortos pelas chamas, que já se dissipou mais de 2,9 milhões de hectares do Pantanal.
Já faz 10 dias que as ações em campo começaram. Primeiro foi em Mato Grosso e, nesta semana, em Mato Grosso do Sul. Devido a emergência da situação, a força-tarefa não teve tempo para definir a equipe e preparar um protocolo padrão para as instituições envolvidas. Em entrevista para o portal de notícias G1, o pesquisador do Instituto Homem Pantaneiro, Diego Viana, afirmou que "este é um trabalho sem precedentes no Pantanal e é muito importante pela união de diversas instituições em prol de um mesmo objetivo". A investigação será realizada enquanto os incêndios continuarem acontecendo e os resultados serão divulgados em periódicos científicos.
Nesta última quarta-feira (16), o Pantanal Brasileiro chegou a 15.756 focos de incêndio, o maior número desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou a registrar números. Mesmo com as disparadas das queimadas no Pantanal e na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro parabenizou o Brasil pela maneira de preservar o meio ambiente. "O Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente e alguns, não entendo como, é o País que mais sofre ataques vindos de fora", disse Bolsonaro durante a inauguração de uma nova etapa da usina fotovoltaica, que transforma energia solar em elétrica, em Coremas (PB).
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