Dados são de Grupo de Estudos da UFF e do Observatório das Metrópoles da UFRJ
De acordo com a Agência Brasil, embora os milicianos tenham o controle de 57% de territórios na cidade do Rio de Janeiro, as operações policiais são na sua grande maioria em áreas dominadas pelas facções de traficantes de drogas do que as dominadas pelas milícias, em 2019. A comprovação está em levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Observatório das Metrópoles da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o relatório preliminar, os bairros onde há predomínio de territórios em disputa (32,3%) concentram a maior quantidade de operações policiais (45,5%), seguidos pelos bairros onde o grupo armado predominante é a facção Comando Vermelho que, embora representem apenas 24,2% dos bairros sob o controle de grupos armados, concentram 40,9% das operações policiais. Nas áreas dominadas pela facção do tráfico Terceiro Comando, foram registradas 6,9% das operações policiais.
“Com as milícias, ocorre o inverso: em 25,5 % dos bairros sob o controle de grupos armados há predomínio das milícias e, no entanto, apenas 6,5% das operações policiais realizadas no ano de 2019 ocorreram nesses bairros”, diz o estudo.
De acordo com o G1, ao cruzar mapas localizando os domínios de grupos armados com a base de dados sobre operações do Geni, os pesquisadores identificaram que em bairros na Zona Oeste onde quem manda é a milícia houve menos operações policiais. É o caso de Guaratiba, Barra da Tijuca e Campo Grande.Para os pesquisadores, o favorecimento do poder público tem sido decisivo para a expansão das milícias no Rio.
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