Autoridades migratórias e parlamentares do país estão apurando a denúncia
A ex-funcionária, identificada como Dawn Wooten, de um centro de detenção da Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos Estados Unidos (ICE), no estado da Geórgia, acusou o local de realizar procedimentos ginecológicos irregulares nas detentas — as mulheres tinham seus úteros completamente ou parcialmente retirados. Na última terça-feira (15), as autoridades imigratórias e os parlamentares democratas dos Estados Unidos disseram que vão investigar a denúncia.
A denunciante relatou que as detentas conduzidas aos ginecologistas por reclamarem de cólicas ou pedirem métodos contraceptivos, a partir daí faziam histerectomias (retirada do útero por intervenção cirúrgica) nelas. "Muitas delas disseram que não entendiam o que estava sendo feito com elas. Ninguém explicava", contou Wooten. Além disso, o centro, que se encontra na cidade de Irwin, se recusava a fazer teste do novo coronavírus nos imigrantes que chegavam no local.
Autoridades negam a acusação e afirmam que este tipo cirurgia aconteceu apenas duas vezes desde 2018 e sempre com aprovação após exames. A diretora médica do Serviço de Alfândegas e Imigração (ICE) dos EUA, Ada Rivera, disse em nota que um procedimento como histerectomia "jamais seria feita sem a vontade da paciente" sob custódia das autoridades americanas.
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