Dia Nacional da Música Clássica

Uma forma de homenagear a história

Por Paula Sant’Ana

Foto: Pixabay

A raiz da comemoração se dá por conta de enquete realizada em 2005, por iniciativa do VivaMúsica! em que Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959) venceu. Assim, a data de nascimento do compositor brasileiro foi instituída como comemoração do Dia Nacional da Música Clássica, celebrada a partir de 2006 na cidade do Rio de Janeiro e, em 13 de janeiro de 2009, em âmbito nacional, após a assinatura do decreto pelas mãos do ex-presidente Lula.

Um dos nomes mais importantes da música erudita, Villa-Lobos é conhecido mundialmente até hoje. Seu título de maestro vai de encontro a outros grandes músicos como Beethoven, Mozart e Bach, por exemplo. Apesar da disparidade temporal, quando se pensa na nomenclatura clássica, representa do século IX até o momento presente, sendo um exemplo de excelência referencial da arte.

Dentre seus principais feitos, as inovações chamam atenção. Além da mistura de instrumentos diversos, a percussão e o canto de pássaros fazem parte da obra junto às belezas regionais com canções indígenas e folclóricas para remeter à cultura nacional. Em meio ao contexto modernista, faz-se necessário enaltecer a representatividade do Brasil ao redor do mundo.

5 curiosidades sobre a Música Clássica no Brasil

• Inicialmente era vinculada à Igreja e ao catolicismo, por conta da colonização portuguesa;

• A chegada da Família Real ao Brasil impulsionou maior acessibilidade e produção local;

• Antes de considerarem “compositores”, a denominação era “mestre de capela” e, o Padre José Maurício foi um dos precursores a quebrar barreiras racistas, entre os séculos XVIII e XIX, por ser descendente de escravos e ter assinado mais de 400 obras romancistas;

• O show de Rod Stewart no Rio de Janeiro, em 1993, foi o concerto gratuito com o maior número de pessoas nos registros históricos, tendo cerca de 4,2 milhões de pessoas na praia de Copacabana, durante o Ano Novo.

• Durante a Era Vargas (1930 - 1945), Villa-Lobos iniciou composições de cunho nacionalista, diferencial no Brasil, visto que realizou a mescla europeia à valorização local.