Devido à pandemia, mudanças ocorreram na educação, tanto para os educadores quanto para as escolas
Nesta quinta-feira (15), comemora-se o Dia do Professor, uma das profissões mais importantes praticadas no mundo. Essa data originou-se em 15 de outubro de 1827, quando o imperador Dom Pedro I implementou um decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil, que foi a construção de escolas primárias em todas as cidades do país, e regulamentou os conteúdos a serem ensinados e as condições trabalhistas dos professores.
Em 1963, essa data foi oficializada pelo decreto federal nº 52.682 e aprovada pelo presidente João Goulart. Um dos seus artigos afirma que “para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias”.
Entretanto, em meio à pandemia do novo coronavírus, a comemoração dessa data se torna atípica. Algumas escolas enviaram lembranças aos professores, alguns alunos os homenagearam pelas redes sociais e as comemorações se tornaram virtuais. O panorama educacional no Brasil também não se faz favorável para celebrar.
Segundo o G1, o país possui cerca de 2,6 milhões de professores e está em 1° no ranking global de agressão a educadores. O salário desses profissionais também não é o mais valorizado e, com as aulas remotas e virtuais durante a quarentena, as condições emocionais e psicológicas da maioria pioraram, o que causou aumento de estresse e medo.
Também houve mudanças na organização do ano letivo e na forma de avaliação das escolas. Na terça-feira (6), foi aprovada a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que abre a possibilidade de unificação dos anos letivos de 2020 e 2021 na reabertura das escolas e que permite a utilização do ensino remoto até o final do ano que vem.
A adesão dessas mudanças depende de escola para escola e o documento precisa ser homologado pelo Ministério da Educação (MEC). Com isso, os alunos serão avaliados e monitorados, o que indicará se o estudante avançará um ou dois anos escolares e, para os alunos do 3º ano do ensino médio, haverá a opção de um ano letivo a mais para reforço.
Estados verificam sobre a reprovação dos alunos neste ano de 2020 e a Secretaria de Estado de Educação publicou nesta quarta-feira (14) no Diário Oficial que todos os estudantes da rede estadual de educação do Rio de Janeiro serão aprovados em 2020, independente das suas notas finais.
Em São Paulo, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o processo de aprovação dos alunos será revisto e que "não defendemos a reprovação pela reprovação. Esse é um ano muito atípico, especialmente para aqueles alunos que têm menos condições".
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