Bonecas loiras e brancas predominam nas prateleiras, mas não representam a maioria das crianças
Hoje (12) é dia das crianças ou, para elas, dia de ganhar brinquedos! Brincar é uma atividade essencial na infância, pois estimula a criatividade, a cooperação, a sociabilidade, a linguagem, a consciência corporal, a concentração, entre outras coisas. Por esse motivo, é fundamental que os brinquedos sejam diversos, criativos e principalmente: que os pequenos se reconheçam neles. Mas não é o que geralmente acontece.
Apesar de o Brasil ser um país multicultural e miscigenado, as lojas infantis têm como maior parte bonecos e bonecas loiros, de cabelo liso, brancos, magros e de olhos claros. Ou seja, um modelo europeu que não condiz com a realidade daqui. Consequentemente, as crianças não se reconhecem nesses brinquedos e, assim, este padrão se torna o símbolo de beleza desde cedo, o que futuramente pode gerar problemas de autoestima nelas.
Felizmente, nos últimos anos, essa questão virou pauta no meio social e educacional. Hoje em dia, há um crescente incentivo de dar às crianças brinquedos que tenham algum tipo de representatividade e diversidade, de forma que ensine, naturalmente, aos pequenos que as pessoas são diferentes e não há nada de errado ou negativo nisso. As marcas também têm aderido gradualmente a essa proposta, lançando bonecas gordas, negras, deficientes físicas, com Síndrome de Down, com cabelos cacheados e coloridos.
No início do ano, a Mattel lançou uma coleção inclusiva, “Barbie Fashionista”, que trouxe Barbies cadeirantes, com próteses na perna, com vitiligo, carecas e até mesmo um Ken de cabelos compridos. Em março, o vídeo da garotinha Ella Rogers recebendo uma boneca cadeirante da mesma coleção, assim como ela, viralizou na internet. A felicidade da menina deixa evidente a importância de ser representada. Veja:
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