Diferença de desemprego entre pretos e pardos e o restante da população alcançou 5,45 pontos percentuais
De acordo com Estadão logo depois do crescimento da crise de 2015 e 2016, a desigualdade racial no mercado de trabalho bateu recorde neste ano. Com a pandemia da covid-19 muitas empresas foram forçadas a fechar deixando milhões de desempregados, alguns sendo obrigados ao trabalho informal, a diferença na taxa de desemprego entre pretos e pardos e o restante da população alcançou em junho 5,45 pontos percentuais, o maior patamar desde 2012 (início da série histórica).
Enquanto o desemprego atingiu 15,8% entre pretos e pardos em junho, entre brancos, amarelos e indígenas, ficou em 10,4%, segundo dados da Pnad contabilizados pela consultoria LCA. A diferença decorre, sobretudo, do fato de a população negra ocupar mais cargos que demandam pouca qualificação, que costumam ser os primeiros cortados em uma recessão.
A grande maioria dos negros está no mercado informal e não pode trabalhar por causa das medidas de distanciamento social. Entre abril e junho, o número de pessoas nesse segmento caiu 24,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o maior recuo entre todos os grupos analisados pelo IBGE.
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