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Foto do escritorNatasha Sioli

Desemprego no Brasil bate novo recorde com taxa de 14% em último trimestre

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de desempregados continua a subir entre empregos formais e informais


Foto: Arthur de Souza - Folha de Pernambuco

O desemprego no Brasil atingiu sua maior taxa em um recorde de 14%, equivalente a 13,8 milhões de pessoas, durante o trimestre encerrado em agosto conforme foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua).


No trimestre anterior, encerrado em maio, o desemprego havia atingido os 12,9% no Brasil, enquanto na mesma época em 2019 a taxa era de 11,8%. Acredita-se que o aumento se deve ao fato de que o auxílio emergencial está chegando ao fim e também a diminuição das parcelas.


Com a reabertura da economia e a volta do funcionamento de bares, shoppings e restaurantes em alguns estados, a busca por emprego voltou a acontecer enquanto as pessoas deixaram de fazer o isolamento para encontrarem uma ocupação, justamente no período entre julho e agosto onde ocorreu o aumento na taxa de desemprego.


"O número de desempregados atingiu 13,8 milhões, aumento de 8,5% frente ao trimestre anterior. São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio. Já na comparação anual, subiu ", ressalta o IBGE, que comprovou na última semana que o desemprego durante o período de pandemia da Covid-19 chegou ao seu recorde no mês de setembro, com taxa de 14%.


“Esse aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas que estavam procurando trabalho. No meio do ano, havia um isolamento maior, com maiores restrições no comércio, e muitas pessoas tinham parado de procurar trabalho por causa desse contexto. Agora, a gente percebe um maior movimento no mercado de trabalho em relação ao trimestre móvel encerrado em maio”, explica Adriana Beringuy, analista da pesquisa da Pnad Contínua.


Com o aumento do desemprego, a taxa de pessoas empregadas no país diminuiu para 5% em três meses, equivalente a 81,7 milhões e também a nova taxa mínima histórica do Brasil. De acordo com os números, houve uma redução de 4,3 milhões de pessoas em comparação ao trimestre encerrado, enquanto que em 12 meses a redução chegou a 12 milhões, sendo consideradas também toda forma de atuação no mercado de trabalho. De acordo com os dados, esta é a primeira vez na história da pesquisa que menos da metade da população, que possui idade para trabalhar, está empregada.


Foto: Reprodução/G1

“O cenário que temos agora é da queda da ocupação em paralelo com o aumento da desocupação. As pessoas continuam sendo dispensadas, mas essa perda da ocupação está sendo acompanhada por uma maior pressão no mercado”, diz Adriana. Mesmo com um número maior de pessoas em busca de emprego, o número de pessoas que desistiram de buscar também atingiu um novo recorde, atingindo 8,1%, equivalente a 440 mil pessoas, em comparação com o trimestre anterior.


Com tantas demissões em diversos postos de trabalho, o IBGE afirma que os trabalhadores informais foram os mais prejudicados durante o período de pandemia. No setor privado com empregados de carteira assinada, a queda foi de 6,5%, menos de 2 milhões, comparado ao número de 29,1 milhões de pessoas empregadas, enquanto os empregados sem carteira assinada tiveram uma queda de 5%, menos de 463 mil pessoas, em comparação às 8,8 milhões de pessoas empregadas.


O Ministério da Economia divulgou na última quinta-feira (29) que foram criados mais de 313 mil empregos com carteira assinada somente em setembro, porém também foram encerrados mais de 550 mil postos de trabalho formais no Brasil. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a previsão é de que a taxa de desemprego este ano feche em 13,4%, mas que pode subir no próximo ano até os 14,1%.


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