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Foto do escritorAna Modesto

Covid-19: retomada dos testes da vacina de Oxford

Vacina produzida por Oxford e AstraZeneca será retomada no Brasil na próxima segunda (14)

Foto: Cottonbro/Creative Commons/Pixels

Neste sábado (12), a Universidade de Oxford, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca, desenvolvedoras da vacina, anunciaram que voltarão a realizar os testes. Testes estes que haviam sido interrompidos devido ao registro de um paciente com efeito colateral grave, onde permaneceram parados por uma semana.


A paciente que causou a paralisação dos testes foi uma mulher que, após tomar a vacina, sentiu sintomas neurológicos que assemelhavam-se a uma inflamação espinhal, a mielite transversa.

A vacina britânica é uma atual aposta brasileira contra a Covid-19, já que há poucos meses fecharam um acordo bilionário com a instituição para poder acessar os produtos. Diante disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anuncia que testes voltarão também a serem realizados no Brasil. Decisão ocorreu após receberem informações oficiais da AstraZeneca, empresa responsável pelo desenvolvimento da vacina em conjunto com a Universidade de Oxford e também após reunião na tarde de hoje, com especialistas da Anvisa com o intuito de avaliar a retomada do estudo clínico da vacina. Eles declaram ainda mais sobre:


"Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a Anvisa concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado. É importante destacar que a Anvisa continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes."


Depois da confirmação emitida hoje (12) pela Anvisa alegando ser seguro a retomada, os ensaios clínicos da vacina contra a Covid-19 AZD1222, serão retomados no Brasil já na próxima segunda-feira (14).


O Ministério da Saúde emitiu nota relacionada a retomada dos testes, mas anunciou não haver nenhuma data informada pelo laboratório. E ainda declara:


"O Ministério da Saúde reitera ainda que além da vacina da AstraZeneca também acompanha mais de 200 estudos em andamento. O objetivo é encontrar uma solução efetiva e segura para a cura e prevenção da Covid-19. Não serão economizados esforços para disponibilizar aos brasileiros, tão cedo quanto possível, uma vacina eficiente - em quantidade e qualidade para atender a população."


Oxford explica em um comunicado que seus comitês de segurança analisaram e chegaram a conclusão que não havia motivos que mantivessem a suspensão, e ainda diz que os "ensaios clínicos serão retomados em todos os centros de ensaios clínicos do Reino Unido". Além do Brasil, os Estados Unidos, África do Sul e Reino Unido também realizaram os testes da vacina inglesa. Eles acrescentam mais sobre nas seguintes falas:


"Globalmente, cerca de 18.000 indivíduos receberam vacinas em estudo como parte do ensaio. Em grandes ensaios como este, espera-se que alguns participantes fiquem doentes e cada caso deve ser cuidadosamente avaliado para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança", explicou a Universidade.


"Não podemos revelar informações médicas sobre a doença por razões de confidencialidade dos participantes", disse o comunicado. "Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e com os mais altos padrões de conduta em nossos estudos e continuaremos a monitorar a segurança de perto".


A declaração de sua paralisação preocupação diversos países pelo mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alega que este deveria ser uma "lição" para comunidade internacional,pois, segundo o mesmo, este é um aviso sobre não existir soluções instantâneas para a Covid-19, como também ser um ensinamento para prestarem mais atenção na relevância do controle nos processos de desenvolvimento da ciência (vacina).

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