Soumya Swaminathan também acredita que o mundo terá vacinas suficientes somente em 2022
Soumya Swaminathan, a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou, na última segunda-feira (21), que uma vacina com 50% de eficácia contra o novo coronavírus ainda poderá ser útil para conter a pandemia de Covid-19.
Swaminathan também alegou que "uma vacina com menos de 30% talvez não seja muito eficaz. Não alcançaremos o nível de imunidade pretendido".
A cientista-chefe alertou que as nações terão que utilizar a vacina de modo estratégico caso ela não chegue ou se aproxime dos 100% de eficácia contra a Covid-19. "Então, teremos dois cenários: uma vacina a ser usada como prevenção e outra a ser usada em surtos", afirmou Swaminathan.
"Precisamos ver [a solução] como um pacote de intervenções para que a pandemia seja controlada, incluindo o lado da prevenção, dos tratamentos e dos diagnósticos", alegou Swaminathan.
A cientista-chefe da OMS acredita que somente em 2022 o mundo terá vacinas suficientes contra o novo coronavírus para que as sociedades voltem ao ‘normal’. Swaminathan também declara que é pouco provável que existam vacinas suficientes para atingir a meta da OMS de 2 bilhões de doses até o fim de 2021 e que, para fazer a afirmação, a cientista-chefe se baseia nos últimos resultados de testes clínicos de vacinas.
“Estamos prevendo [que demorará], pelo menos, até 2022 para que um número suficiente de pessoas comecem a receber a vacina e construir imunidade. Portanto, por muito tempo, teremos que manter o mesmo tipo de medidas que estão sendo implementadas atualmente, como o distanciamento físico, o uso de máscara e cuidados com a higiene. (...) É seguro dizer que pode ser em 2022 quando começaremos a pensar em voltar à vida normal pré-Covid", explica a cientista-chefe da OMS.
“O jeito como as pessoas estão imaginando é que, em janeiro, teremos vacinas para todo o mundo e as coisas começarão a voltar ao normal. Não é assim que funciona”, explicou ela. “Nossa melhor avaliação [para o lançamento de uma vacina] é meados de 2021”.
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