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Paula Sant'Ana

Clássico da Saudade: Santos e Palmeiras disputam a 'Glória Eterna' neste sábado no Maracanã

Esta é a primeira vez que duas equipes paulistas disputam título da Libertadores



Foto: Divulgação/Conmebol

A grande final será disputada amanhã (30), às 17h, pelo horário de Brasília, no Maracanã. Em duelo de dois clubes paulistas, o Santos busca se tornar o maior campeão da Libertadores em solo brasileiro. Já o Palmeiras almeja o bicampeonato e pode igualar-se a Cruzeiro, Internacional e Flamengo. Esse promete ser um dos clássicos mais emblemáticos entre as equipes, sendo a quarta final na história em que se encontram.


Ao longo dos tempos, apenas três finais entre times do mesmo país foram protagonizadas: São Paulo x Athletico-PR (2005); São Paulo x Internacional (2006) e River Plate x Boca Juniors (2018). Entre 2007 e 2016, a Conmebol proibiu a final com dois times do mesmo país, sempre havendo alterações nos chaveamentos e cruzamentos. Sendo assim, Palmeiras e Santos já fizeram história ao se classificarem. Teremos a segunda final com jogo único e, de quebra, final brasileira em nossa nação.


Pela primeira vez transmitindo a Copa Conmebol Libertadores, o SBT detém os direitos televisivos em canais abertos. Além disso, é possível assistir na TV fechada na Fox Sports. Cada emissora com seu estilo e equipe, mas ambas com ampla cobertura.



CAMINHO ATÉ A FINALÍSSIMA


SANTOS

Na fase de grupos, iniciada antes da paralisação por conta da Covid-19, o Peixe foi à Argentina e venceu o Defensa y Justicia (ARG) pelo placar de 2 a 1, com gols de Jobson e Kaio Jorge. Na sequência, venceu o Delfín (EQU) por 1 a 0, com gol do zagueiro Lucas Veríssimo.


Após seis meses com a competição parada, o Olimpia (PAR) foi à Vila Belmiro e arrancou um empate em 0 a 0, com um jogador a menos. Novamente contra o Delfín, mas no Equador, venceu por 2 a 1 em jogo repleto de faltas (total de 42 na partida). Os gols da vitória foram marcados por Marinho e Jean Mota. Faltavam, então, dois jogos para a fase classificatória terminar. O Santos estava com dez pontos.


Na segunda parte dos confrontos, mais uma vez o Olimpia deu trabalho para a equipe paulista. Em jogo no Paraguai, de virada, os três pontos foram conquistados pelos brasileiros, matematicamente classificados ao mata-mata. Os gols foram de Carlos Sánchez, Marinho e Kaio Jorge, que selou a derrota dos adversários. Na última rodada, duelo equilibrado em posse de bola (51 x 49), passes (381 x 371), precisão de passes (79 x 78) e faltas (16 x 14), o Santos bateu o Defensa y Justicia novamente pelo placar de 2 a 1, na Vila, com gols de Lucas Braga e Marcos Leonardo, nos acréscimos.


Chegaram os momentos de decisão, era prosseguir no sonho ou ficar para trás. O primeiro desafio foi a LDU, em que o Santos encontrou certa dificuldade, mas venceu o primeiro jogo, fora de casa, pelo placar de 2 a 1. Os gols foram marcados por Soteldo e Marinho. Já na Vila, os equatorianos levaram a melhor e venceram por 1 a 0. Apesar de toda confusão, expulsões nos acréscimos do 2° tempo, o Peixe passou por conta do regulamento.


As quartas de final foram marcadas por duelo de brasileiros entre Santos e Grêmio, que aconteceu primeiro no arena do Grêmio. Os gaúchos tiveram maior posse de bola (84%) e trocaram quase 200 passes a mais que o alvinegro. Porém, apesar do domínio, no final terminou empatado em 1 a 1. Kaio Jorge aos 36 e Diego Souza descontou de pênalti nos acréscimos do 2° tempo. A classificação santista foi alcançada na Vila Belmiro, uma das forças da equipe. Com gols de Kaio Jorge (duas vezes), Marinho e Laércio, ganhou por 4 a 1. Thaciano marcou o gol do Imortal.


Já nas semi, um velho conhecido, o Boca Juniors. Em mata-mata de Libertadores, se enfrentaram três vezes. A primeira, de cara de uma final. No ano de 1963, o Santos venceu os dois jogos e sagrou-se bi da América. Em 2003 a revanche foi na Vila, mas os campeões foram os argentinos. Então, a terceira vez foi marcada por um empate em 0 a 0 na Argentina, além de não marcação de pênalti em Marinho e questionamentos sobre a eficiência do árbitro de vídeo. No "alçapão" como é conhecido, a equipe paulista ganhou por 3 a 0, sem dar chances para possíveis reações ao Boca. Os gols foram marcados por Diego Pituca, Soteldo e Lucas Braga.


Agora na final, Cuca e companhia enfrentam o Palmeiras. Sem ter todo o peso e cobrança igual o alviverde, o Peixe deve impor um jogo leve e dinâmico. Dentre os desfalques estão aqueles que já prevíamos por conta dos últimos jogos. Carlos Sánchez, Jobson e Raniel, todos em tratamento no departamento médico.


Provável escalação: John; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonathan; Alisson, Diego Pituca e Lucas Braga; Marinho, Kaio Jorge e Soteldo.



Foto: Divulgação Santos Futebol Clube

PALMEIRAS

O caminho do Palmeiras foi considerado mais fácil por muitos. Na fase de grupos, antes da paralisação do campeonato, a estreia foi com vitória fora de casa. Pelo placar de 2 a 0 com o Tigre (ARG), o alviverde iniciou a trajetória com gols de Luiz Adriano e Willian. Depois, no Allianz Parque, outra vitória, dessa vez em cima do Guaraní (PAR) com direito a hat-trick de Luiz Adriano. O placar final foi de 3 a 1, já que os paraguaios diminuíram com gol de Bobadilla aos 43 minutos do 2° tempo.


Em setembro, quando a Copa voltou a acontecer, o embate foi contra o Bolívar (BOL) e os três pontos foram conquistados fora de casa. Willian de pênalti e Gabriel Menino deixaram o Verdão à frente, Marcos Riquelme descontou para os donos da casa. Total de 2 a 1 na contagem. Logo na sequência, agora no Paraguai, Guaraní e Palmeiras ficaram no 0 a 0 no quarto jogo da fase classificatória.


Foi nesse momento que o Palmeiras "empolgou" e venceu duas partidas na sequência por 5 a 0. Ambas dentro de casa, a primeira contra o Bolívar e a segunda contra o Tigre. Parecia replay, mas não era. Willian, Wesley, Viña, Raphael Veiga e Rony foram os responsáveis pela quantidade de gols contra o time boliviano. Já no segundo jogo, Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Gabriel Veron e Rony fizeram os gols.


Nas oitavas, o primeiro embate foi contra o Delfín, o outro classificado do grupo do Santos. Com certa facilidade a vitória alviverde foi por 3 a 1. Os quatro gols da partida foram marcados pelos visitantes, Gabriel Menino, Rony e Zé Rafael marcaram para o lado palmeirense. O agora ex-jogador do Palmeiras, Ramires, marcou contra, favorecendo os equatorianos. Em casa, novamente um êxito por 5 a 0. Patrick de Paula, Veron (duas vezes), Willian e Danilo foram os marcadores da noite.


Agora o adversário era o Libertad (PAR). Fora de casa, a equipe de Abel saiu na frente com gol de Gómez, mas tomou empate aos 17 do 2° tempo. Nos últimos lances da partida, o meia Lucas Lima ainda foi expulso. Já no Allianz a vitória da classificação veio com gols de Scarpa, Rony e Gabriel Menino. Aos 19 minutos da etapa final, o lateral Piris foi expulso, facilitando o placar de 3 a 0.


Então era hora da semifinal. No confronto decidido nos detalhes, contra o River Plate, a vitória foi do Verdão. Com gols de Rony, Luiz Adriano e Viña, Gallardo foi surpreendido taticamente dentro de casa. Os 3 a 0 foram aplaudidos tanto na mídia local quanto no país vizinho. Em São Paulo, quase aconteceu o inverso. Durante toda a partida, o Palmeiras foi dominado pelo meio-campo organizado do River Plate. Porém, para levar para os pênaltis, era necessário 3 a 0 e terminou em 2 a 0. Com gols de Rojas e Borré, a partida foi marcada pela atuação da arbitragem. O VAR foi chamado em três lances a favor do Palmeiras. Dentre eles, a expulsão de Borré, o terceiro gol dos argentinos que foi anulado e ainda voltou atrás de um pênalti. Mesmo após tudo isso, o time de Abel chegou na final.


Apesar do treinador português ocultar a escalação frequentemente, ele deu algumas pistas. Voltando da lesão no tornozelo esquerdo, Felipe Melo é uma das peças de confiança que Abel pretende contar para a final, mas talvez apenas no segundo tempo. Já no ataque, existe uma dúvida se o artilheiro Rony vai a campo como titular.


Provável escalação: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matias Viña; Danilo, Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Rony (Willian) e Luiz Adriano.



Foto: Divulgação Sociedade Esportiva Palmeiras

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