O país possui 15 casos não solucionados durante o período analisado
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou, no último sábado (28), o relatório que aponta os países em que jornalistas são mortos, onde os assassinos permanecem sem julgamento e punição pela lei. O Índice Global de Impunidade de 2020 indica que o Brasil ocupa a oitava posição no ranking deste ano, com 15 casos não solucionados.
Os dados consideram os homicídios de jornalistas que ocorreram entre 1º de setembro de 2010 e 31 de agosto de 2020, além de analisar a proporção de assassinatos em relação à população de cada país. Durante este período, 277 jornalistas foram mortos pela sua profissão.
De acordo com o relatório, a instabilidade política e a guerra mantém a ilegalidade e a violência na Somália, Síria, Iraque e Sudão do Sul, os líderes do ranking. O CPJ chegou a conclusão de que “corrupção, instituições fracas e falta de vontade política para levar a cabo vigorosas investigações são fatores por trás da impunidade nesses países, que incluem Paquistão, México e Filipinas”.
Os 12 países presentes neste relatório representam 80% de todos os homicídios sem solução de jornalistas em todo o mundo entre 1º de setembro de 2010 e 31 de agosto de 2020, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A taxa de impunidade no mundo era de 86% em 2019, contra 83% deste ano. Courtney Radsch, a Diretora de Advocacy do CPJ, comentou no comunicado oficial sobre a queda: “Apesar do número decrescente de assassinatos de jornalistas, a impunidade por seus homicídios persiste, inclusive em países considerados mais estáveis e democráticos”.
“Líderes em todo o mundo devem às famílias e colegas das vítimas promover justiça rapidamente, tomar medidas em casos demorados e garantir que os assassinos não sejam libertados por brechas judiciais”, acrescentou Radsch.
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